Há muito tempo Padrinho Sebastião preocupava-se com o futuro da sua comunidade que crescia cada vez mais. As terras da Colônia somadas, não seriam suficientes para abrigar a nova geração. A terra não era tão boa e exigia constante desmatamento para a uso da agricultura. O melhor era buscar uma área de floresta, longe da cidade e sem dono. Organizou-se então uma expedição.
A expedição, comandada pelo próprio Padrinho, partiu em Junho, pouco depois do festival. Pegaram a estrada para Boca do Acre. Lá pelo km 150, entraram num ramal à direita, um caminho estreito e em péssimas condições, com 33Km, que dava no Rio Intimari Na outra margem era tudo floresta virgem. Valdete e Mirinho foram ao INCRA e conseguiram facilmente uma Licença de Ocupação (LO).
Uma segunda expedição, de ocupação definitiva, atravessou o rio Intimari, e com mais 5 horas de caminhada chegou ao Igarapé Trena. A comitiva ficou duas semanas montando a 1ª colocação, chamada de “Esperança”. Há uma hora dali, Padrinho encontrou um pequeno igarapé, afluente do Trena. As terras eram altas e o lugar encantador. Decidiram que ali seria a vila. Quando o sol bateu, a areia do igarapé brilhou como ouro. Na hora o Padrinho exclamou: o nome é Rio do Ouro.